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CONSTRUINDO UM MODELO DE INTERVENÇÃO PARA JOVENS GAYS, MULHERES TRANS E TRAVESTIS NA REGIÃO CENTRAL DE SÃO PAULO

O recente cenário político brasileiro tem adotado uma postura conservadora com graves limitações e proibições de abordagens voltadas para a promoção de direitos e saúde sexual de jovens LGBT. Estudos anteriores já mostraram que a marginalização e a relativização de fatores culturais como homofobia, transfobia, repressão sexual, pobreza e racismo são responsáveis por altos índices de depressão e podem contribuir para comportamentos com risco de infecção pelo HIV entre jovens LGBT.

 

Os dados do Ministério da Saúde no Brasil mostram uma tendência de aumento na proporção de casos de infecção pelo HIV nesta população jovem nos últimos 15 anos. Modelos de intervenções desenvolvidos dentro de um plano de desenvolvimento social com participação comunitária focado em jovens LGBT tem mostrado resultados em mudanças de comportamentos em larga escala e apresentam melhores relações de custo e benefício quando comparados com outras estratégias de prevenção.

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Em Pittsburgh, o projeto SILK consegue atingir 15% da população-alvo e possui destaque nas iniciativas de reinserção social e testagem para HIV com encaminhamento para tratamento principalmente entre jovens negros LGBT. O piloto no Brasil, em andamento, visa produzir resultados que permitam avaliar e revisar comportamentos e atitudes em relação a saúde sexual utilizando um modelo de intervenção estrutural com envolvimento direto dos participantes.

 

Para isso, serão analisados os impactos nas mudanças de comportamento durante o período de execução das intervenções. O projeto baseia-se no pressuposto de que, ao envolver os participantes no desenvolvimento e execução das atividades, cada participante se torne um agente de mudança dentro do seu próprio círculo social.

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